Casamento e Filhos

José Sarney casou-se com Marly de Pádua Macieira, a jovem que conhecera em 1946, no dia 12 de julho de 1952. De família muito querida e respeitada, filha do Dr. Carlos Macieira, ilustre cirurgião, clínico e diretor de hospital, e de sua esposa Vera, Marly é companheira da vida inteira de Sarney. O casal tem três filhos, Roseana, Fernando e José, conhecido como Zequinha, que lhes deram muitos netos e bisnetos.

O Escritor

A literatura ocupa o centro das atenções de Sarney no começo da década de 1950. Além das colaborações nos jornais e na revista do grupo, A Ilha, publica seu primeiro ensaio, Pesquisa sobre a pesca de curral na Ilha do Curupú (1953), e o primeiro livro de poemas, Canção Inicial (1954). Em 1953 assume a cadeira 22 da Academia Maranhense de Letras.

Começa sua carreira política

Um dos políticos mais importantes e longevos da História do Brasil,  José Sarney soma, entre mandatos legislativos e executivos, 60 anos de vida pública, em que foi tanto oposição quanto situação. Atuou na vigência de quatro constituições (1946, 1967,1969 e 1988) e durante 13 legislaturas e 15 diferentes presidências, além da sua própria. Sempre esteve à frente de proposições sociais, que deram a tônica de seu mandato presidencial. Foi o responsável pela transição democrática modelar por que passou o Brasil.  

A opção pela UDN

Sarney filiou-se ao Partido Social Democrático (PSD), pelo qual, em 1954, iniciou-se na política como suplente de deputado federal, tendo assumido o mandato interinamente em 1955 e várias outras vezes, ao longo daquela legislatura.

Pouco depois, Sarney trocou o PSD, que voltara a abrigar seu adversário Vitorino Freire (político que controlava o Maranhão), pela União Democrática Nacional (UDN). A mudança significava também a oposição ao Governo Federal, que tivera uma pedra de toque maranhense: a candidatura de Assis Chateaubriand. O grande jornalista perdera a eleição na Paraíba. Repetindo o que fizera em 1952, provocando uma nova eleição pela renúncia de um dos senadores do Estado e de seu suplente, obteve a renúncia do senador Alexandre Bayma e de seu suplente, Newton Bello. A vitória obtida a fórceps com a humilhação da política maranhense dobrou a dose com sua renúncia em 1957 para ser embaixador do Brasil em Londres.