Estamos com a impressão de que o atual sistema eleitoral-partidário chegou ao fim. Apodreceu. Não pode sobreviver. Não temos o direito de deixar que sobreviva. Ele, sem nenhuma dúvida, tem responsabilidade sobre os males que atravessamos, sobre a qualidade de recursos humanos que surgiram na vida partidária.
Que aqueles que denegaram os valores da política sejam punidos e afastados da vida pública. Nada de contemplações nem acomodações. Mas não podemos dar absolvição às instituições políticas que produziram um caldo de cultura que permite o desmoralizante abuso do poder econômico, o uso de métodos e procedimentos que viciam e corrompem a vida pública.
Nestes sombrios dias em que se discutem os valores morais da política, em que atravessamos uma crise de caráter e de conduta, que Minas Gerais seja uma prece de esperança, de renascimento, na evocação de Juscelino Kubitschek, que foi uma luz de otimismo, de perseverança, de obstinação, de construção e de amor às instituições.
Discurso sobre JK em Diamantina –12/9/2005