Tendo feito oposição a Juscelino, Sarney foi líder de Jânio na Câmara dos Deputados. Os breves meses do Governo Jânio Quadros prometiam uma revolução no País, com uma nova postura internacional, uma reforma dos métodos políticos e a busca da Justiça social que era a bandeira do Bossa Nova. Mas o sonho durou pouco: como muitos outros presidentes ao longo da História, achou que o Congresso Nacional não era tão dócil quanto devia, e resolveu aplicar um auto-golpe: renunciar para voltar nos braços do povo. Não deu certo. Abalado embora pela reviravolta, Sarney foi contra a reforma constitucional que implantou o parlamentarismo como maneira de podar o mandato de João Goulart, que era o Vice-Presidente. Numa declaração de voto, se disse parlamentarista mas mudar o regime dessa maneira seria ruim para o sistema e um golpe contra Jango.