Valquíria Wey

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[vc_row][vc_column][apress_heading sub_title=”Tradutora e professora. Cidade do México, 10 de maio de 2010.” content_alignment=”right” delimiter_line_height=”1″ delimiter_line_width=”” color_scheme=”design_your_own” main_heading_color=”#000000″ style=”heading_style5″ title_font_options=”tag:h6|font_style_bold:1″ subtitle_font_options=”tag:p|color:%23000000″ delimiter_line_color=”#ffffff”]Valquíria Wey•[/apress_heading][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column]

 

Um exercício de provocação erótica

Devorei A Duquesa Vale uma Missa num fim de semana. Gostei muito. Adoro os enigmas simbólicos ou históricos dos quadros dos séculos XVI e XVII. Depois, as dificuldades dos enigmas acabam e os quadros famosos ganham complexidades da linguagem das artes plásticas e perdem os segredos das mensagens verbais encriptadas.

Gostei muito de como Sarney colocou a alucinação com o quadro que é realmente misterioso e altamente erótico, no seio de uma família brasileira pouco sofisticada, porque arte fala a todos, não é? Achei irônica e engraçada a ideia de um espólio enriquecido pelo “ouro de Moscou”, aquele que achávamos que não existia.

Sarney é cada vez mais uma surpresa. Lembra o Memorial de Ayres onde Machado de Assis coloca o Conselheiro, que já fez sessenta anos, a matutar se a vida sexual acabou. E aí ele vê Fidélia, o colo, a cintura etc., enquanto o jovem futuro marido elogia as mãos, o talento para tocar piano, a espiritualidade.

Sarney também fez um exercício de provocação erótica, e provou a mesma coisa que Machado de Assis.

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