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Norte das Águas

Léo Gilson Ribeiro: sobre “Norte das Águas”

  O Maranhão do senador Sarney, o escritor Em São Luís do Maranhão, no palácio dos Leões, quando termina o expediente diário, é comum ressoarem pelas janelas abertas para o azulão rio Anil vozes de cantadores populares ao som de violas. Modinhas que falam de filhas de fazendeiros seduzidas, de coronéis do interior em luta eleitoral e de cangaceiros valentes partindo do palácio do governador estadual. Para o povo do Maranhão, essas melodias fazem parte do encerramento dos trabalhos, quase que se casam com o lento crepúsculo da cidade, com Continue a ler

Antônio Carlos Villaça: sobre “Norte das Águas”

  Sem pão e sem medo Norte das Águas, de José Sarney, apareceu em 1970. Guimarães Rosa morrera em novembro de 1967. José Cândido de Carvalho publicara O Coronel e o Lobisomem, em 1964. Josué Montello disse muito bem que José Sarney está para o Maranhão como Simões Lopes Neto está para o Rio Grande do Sul e o primeiro Afonso Arinos está para Minas Gerais. Entenda-se. A pura identificação do escritor com a sua terra, com o seu povo. O Maranhão é a matéria e o sentido da sua Continue a ler

Josué Montello: sobre “Norte das Águas”

        Norte das Águas O autor deste livro conquistou renome internacional na vida pública brasileira — primeiro, como deputado federal, em seguida como governador do seu estado natal, o Maranhão; mais tarde, como senador, presidente da Arena e do PDS. Ou seja, um líder político indiscutível. Se José Sarney não tivesse escolhido o caminho político para conseguir destaque no plano nacional, poderia ter feito isso, e bem antes, no campo da literatura, com sua pena de grande escritor. O que este livro de contos regionais vem comprovar. Continue a ler

Lago Burnett: sobre “Norte das Águas”

  Um Político no Reino da Fábula As inevitáveis comparações entre o escritor e o político que coabitam numa personalidade complexa como a de José Sarney convergem sistematicamente para um julgamento apoiado em padrões convencionais de competitividade: a consagração de um e a condenação do outro. Essa relutância em aceitar que político e escritor se completam, vem postergando uma definição em torno da obra que José Sarney realiza simultaneamente na vida pública como no âmbito literário. Aos que ainda cultivam a superstição de que a literatura enfraquece a atividade política, Continue a ler

Lucy Teixeira: sobre “Norte das Águas”

    Intenso lirismo As histórias que o escritor José Sarney reuniu em seu livro de estreia, Norte das Águas, serão aqui examinadas no sentido de relevar-se a consequência ficcional do livro e sua intenção narrativa. Por outro lado, ao situar sua presença dentro do regionalismo nacional, seremos tentados a fazer uma leitura crítica de Os Boastardes (segunda história  e o Norte das Águas) à maneira de Northrop Frye, tão visíveis para nós são certos arquétipos psicológicos e a presença de uma alegoria que conquistam sem dúvida para o livro Continue a ler

João Mohana: sobre “Norte das Águas”

  Um Humanista que se Fez Abelha Noites de autógrafos deixaram de ser fatos esporádicos na vida do Maranhão. O que testemunha a fecundidade dos homens de letras desta terra. Hoje a noite e o livro são do intelectual José Sarney, José Sarney cuja presença foi uma constante nas noites de autógrafos realizadas nesta Galeria, presença que sempre se fez transbordar em palavras de apoio, de estímulo, de solidariedade. Agora aqui estamos com o intuito de retribuir solidariedade com solidariedade. Para mim é fácil também transbordar de palavras a minha Continue a ler