Eleição

Ainda pela UDN, José Sarney elegeu-se governador do Estado, em 1965, derrotando por ampla maioria os dois candidatos vitorinistas. A seu pedido, Glauber Rocha filmou Maranhão 66, sobre a situação de extrema pobreza que vira ao longo da campanha.

Infraestrutura

A gestão de Sarney significou uma guinada no desenvolvimento do Estado. Ao tomar posse no governo, encontrou uma situação de baixíssimo investimento e precariedade em todas as áreas: havia somente 7.500 kW de energia elétrica disponíveis, 13 km de estradas pavimentadas, e a capital mantinha-se uma ilha bastante isolada. Sarney aumentou os investimentos em 2.000%, instalou uma capacidade elétrica de 230 mil kW, pavimentou centenas de quilômetros de estradas. São Luís urbanizou-se e cresceu como pólo comercial, com a construção da ponte do São Francisco e da BR-135, ligando a cidade a Teresina, no Piauí. Além disso, abriu o porto do Itaqui, cujo acesso foi viabilizado por uma barragem.

Educação e Saúde

O governo de José Sarney melhorou a estrutura educacional em todos os níveis, fundamental, médio e superior, com a criação de centenas de escolas, dezenas de ginásios e várias faculdades, em todo o Estado. Foi instalada a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e criada a primeira TV Educativa do país, o que permitiu a formação de um corpo docente qualificado. O programa João de Barro, com base no método do educador Paulo Freire, foi uma revolução no ensino básico.

A saúde foi fortalecida com a abertura de postos médicos no interior e do Hospital Geral na capital.

JK e o AI-5

Sarney homenageou Juscelino Kubistchek com um almoço em São Luís, em 1968, na véspera da instituição do AI-5, ato pelo qual o então ex-presidente foi preso, ao retornar ao Rio de Janeiro. Em pronunciamento por rádio e televisão, o governador falou aos maranhenses, em defesa da democracia:

“Meu mandato é um mandato livre, que me foi outorgado pela vontade popular, tenho procurado exercê-lo com absoluta independência e no dia em que não puder mais fazê-lo não poderei prestar serviços ao Maranhão. Nessa hora, o meu caminho é o caminho da minha casa, de cabeça erguida, mas respeitado e sendo digno do nome e do povo desta terra. Não posso parecer nunca subalterno, omisso ou açodado. Tenho noção da grandeza do cargo que ocupo e das minhas responsabilidades com o passado, com o presente e com o futuro do Maranhão.”