A paisagem mundial ainda está dominada pelas travessuras do Trump, que culminaram num episódio a que ninguém no mundo pensava assistir depois que os ingleses começaram a estruturar o governo democrático, há oitocentos anos, passando pela Carta do Rei João, a Revolução Gloriosa, a consolidação da Independência das Colônias Americanas — com as ideias então estruturadas a partir do rascunho da Declaração de Independência de Thomas Jefferson — e a Convenção de Filadélfia, que dominaram o pensamento político do mundo ocidental a partir das liberdades individuais e econômicas.
Quem poderia imaginar que, depois das lutas pela democracia, iríamos assistir a um Presidente dos Estados Unidos pregando a invasão do Congresso e, para ficarmos mais chocados ainda, veríamos a imagem de forças militares deitadas nos corredores do Capitólio como se ali fosse um acampamento militar?
Em menos de dez dias esperamos que essa pressão que varre o mundo desapareça com a posse de Biden e que se possa criar um clima com menos medo e mais tranquilidade, passando aquele arrepio de vermos a bolsa preta atrás do Trump com o código do arsenal atômico americano. Que agora esteja em mãos mais sensatas, de um homem experiente, que já foi Vice-Presidente, conviveu e aprendeu com um dos maiores estadistas de nosso tempo: Barack Obama, que exerceu o governo com uma visão de mundo baseada na paz, no diálogo: a resolução dos problemas nunca pela força e sempre com negociação, buscando um terreno comum onde os homens vivam o entendimento e a concórdia.
Trump acabou com a utopia da paz e nos barrou a visão de um Oriente Médio sem as mortes e as vinditas diárias onde morrem palestinos e judeus. De um povo com esperança de viver sem as atrocidades que, diariamente, presenciamos, estarrecidos. De um mundo sem dentes cerrados pedindo a ressurreição da babilônica Lei de Talião (ou de retaliação), do “dente por dente e olho por olho”. Da noção de organismos multinacionais como um local de encontro para acabar com divergências, com a crença na força de práticas humanitárias e de combate ao terrorismo, que invade a tranquilidade das relações internacionais.
Que Biden não frustre o otimismo daqueles que torceram por sua vitória, por direitos humanos, com a certeza de que os Estados Unidos possam ser ainda âncora da paz, da igualdade e da fraternidade. Com a esperança de os Estados Unidos voltarem a ser o farol da democracia e de defesa da liberdade.
Quando Trump voltar a jogar golfe nos seus excelentes campos de Miami, estaremos todos aliviados.
ISRAEL ANTONIO DE SOUSA SOARES
esse episodio do ex presidente dos estados Unidos foi papel ant democratico,pra historia daquele pais ,
Pedro Costa
Daniel Blume Pereira de Almeida ([email protected]) escreveu em 16 de jan. 22:25:
Muito boa crônica. Cordialmente, Daniel Blume.
Pedro Costa
Janary Nunes ([email protected]) escreveu:
??????????
Pedro Costa
Turíbio Santos ([email protected]) escreveu:
Que beleza de artigo!!Didático, cheio de ensinamentos históricos e exemplos de amor ao país, respeito pela convivência e a cultura. Bravo Mestre Sarney, um forte abraço do Turibio
Rossato
Parece que vamos sair de um pesadelo criado pelo inconformismo e necessidade de mudanças. Após quatro anos, vimos que o caminho do radicalismo sempre é perigoso, não apenas para os países ricos, mas pelos seus reflexos nos menos desenvolvidos política, social economicamente.