As prerrogativas parlamentares
José Sarney entrou para o Senado Federal pela Aliança Renovadora Nacional (Arena), em 1970. No Congresso Nacional, buscou, com Daniel Krieger e outros senadores, a retomada das prerrogativas parlamentares.
Entusiasta de novas tecnologias, Sarney empenhou-se para a informatização do Senado e a criação do Instituto de Pesquisa e Assessoria do Congresso (IPEAC).
O fim do AI-5 e o PDS
Foi o relator da Emenda Constitucional n.11 que, em 1978, revogou todos os atos institucionais do regime militar. Apontou, em seu parecer, que a emenda não acabava com o autoritarismo, mas representava o começo de um longo processo.
Reeleito senador em 1978, no ano seguinte Sarney passou a presidir seu partido. Com o fim do bipartidarismo e das duas legendas que o compunham, foi para o Partido Democrático Social (PDS), tornando-se seu primeiro presidente. Elaborou o programa do PDS com forte viés social.
A Aliança Democrática
Em junho de 1984, impedido de realizar prévias para escolha do candidato à sucessão presidencial, com a pressão do pré-candidato Paulo Maluf sobre o presidente Figueiredo, Sarney deixou o PDS. Criou, com dissidentes do partido, a Frente Liberal, que constituiu a Aliança Democrática com o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
Para a eleição presidencial de 1985, ainda indireta, a Aliança lançou a chapa com Tancredo Neves para presidente e José Sarney para vice. Conseguiram imponente maioria no Colégio Eleitoral, com 480 votos, contra apenas 180 da chapa adversária, dentre os 686 delegados.