Comemoramos mais uma Páscoa, momento central do cristianismo, porque a Ressurreição, já dizia São Paulo, é o elemento que justifica a nossa fé: “Sem a Ressurreição, é vã a nossa fé!” Madrugada ainda, nascido o Sol: assim registra Marcos o momento em que as Marias procuraram Jesus para completar os ritos do sepultamento que não haviam tido tempo de fazer na tarde da sexta-feira terrível. O Padre Vieira explicava que não havia contradição entre os dois termos, pois se era madrugada e ainda não era dia, já nascera o Sol, Continue a ler
Comemoramos mais uma Páscoa, momento central do cristianismo, porque a Ressurreição, já dizia São Paulo, é o elemento que justifica a nossa fé: “Sem a Ressurreição, é vã a nossa fé!” Madrugada ainda, nascido o Sol: assim registra Marcos o momento em que as Marias procuraram Jesus para completar os ritos do sepultamento que não haviam tido tempo de fazer na tarde da sexta-feira terrível. O Padre Vieira explicava que não havia contradição entre os dois termos, pois se era madrugada e ainda não era dia, já nascera o Sol, Continue a ler
Passamos o Domingo da Quadragésima, o Primeiro Domingo da Quaresma. Quadragésima e Quaresma vêm dos quarenta dias que se repetem na liturgia católica e na Bíblia: é o período da purificação, como o que Jesus Cristo passou no deserto, ou como o que Nossa Senhora levou antes de apresentar, com São José, Jesus no Templo; mas é também o período que o Ressuscitado leva antes de subir ao Céu e o que a Arca fica suspensa nas águas e o que Moisés fica no Sinai esperando a Lei etc. No Continue a ler
“Pode de Nazaré vir alguma coisa boa?”, pergunta Bartolomeu a Filipe, no começo da vida pública de Jesus. Pois foi nesta humilde cidadezinha da Galileia que o Criador escolheu um casal de noivos, Maria e José — ela, a pureza absoluta; ele, um carpinteiro da linhagem de Davi —, para em Maria encarnar Jesus. Seu Filho vem para que tenhamos ao nosso lado a face de Deus compreensível para os homens, uma presença para nos amparar nos momentos maus, para nos consolar nas horas amargas, distantes da terrível presença de Continue a ler
Depois de longo período de pessimismo, todos nós, uns mais, outros menos, vivendo entre o medo e a solidão, entre o mistério e a angústia, sem saber o que aconteceria não somente com nossas pessoas e famílias, mas também com o mundo, surge, embora de maneira tênue, um primeiro raio de esperança, com a possibilidade de entrarmos num período que todos esperávamos há tanto tempo: o início do processo de se imunizar a população e afastar o temor de se ser vítima de uma doença que surgiu como um mistério, que Continue a ler
Sempre tive febre de conhecimento. Talvez uma Enciclopédia Popular que meu avô José Adriano, professor — “mestre escola”, como assim se chamava naquele tempo, em São Bento, onde passei a minha infância —, me tenha despertado essa curiosidade. Na cidade nem na nossa casa não tínhamos livros para minha idade. Havia apenas o Almanaque de Bristol e essa Enciclopédia, que meu avô recebia mensamente, e era minha fonte de conhecimentos novos. Eu tinha uma grande pressa em esperá-la mensalmente. Daí meu hábito da leitura e a companhia do maior amigo Continue a ler