Lincoln Paine: sobre “O Dono do Mar”

Lincoln Paine•   Literatura do Mar e História Marítima Na obra de José Sarney, O Dono do Mar, o pescador Antão Cristório tem como companheiro Aquimundo, encarnação de um piloto chamado Aires Fernandes que morreu afogado, e “em quem o tempo não passou”. Aquimundo conta ao perplexo Cristório, no seu primeiro encontro: Andei por muitas terras, de Sofala, Querimba, Ibo, Pemba, Mombaça, Melinde, Pate, Continue a ler

José Louzeiro: sobre “Saraminda”

José Louzeiro•   A importância de Saraminda O mais recente romance de José Sarney, que vem sensibilizando leitores e críticos, é uma obra inovadora. São quatro as trilhas e tramas que dinamizam essa narrativa: — O erótico, de desenho quase litúrgico, elevado ao estágio do sutil; — A instauração de um ciclo especial do inferno chamado garimpo; — Os duendes da mata-virgem que se tornaram anjos protetores  inclusive Continue a ler

Tereza Cruvinel: sobre “Saraminda”

Tereza Cruvinel•   Era uma vez uma mulher de seios de ouro   No novo livro de Sarney, há pitadas de realismo fantástico colhidas no imaginário dos garimpos e na tradição oral. A literatura ficará devendo à política a existência de Saraminda, o novo romance de José Sarney. Não fosse haver-se candidatado a uma cadeira do Senado pelo Estado do Amapá em 1991, não teria o ex-Presidente tropeçado nas sobrevivências Continue a ler

Radu Vladut: sobre “Saraminda”

Radu Vladut•   Saraminda, a fascinação do inefável Além de suas virtudes literárias certas, Saraminda é um romance de grande atmosfera, na linha trilhada há mais de meio século por Malcolm Lowry com Under the Volcano, cuja ação tem lugar nas mesmas coordenadas geográficas (aproximadamente). Difícil de construir e com um alvo relativamente restrito, tal romance solicita ao máximo o leitor, impondo geralmente uma segunda e até uma terceira leitura para atingir a decifração Continue a ler

Carlos Zarur: sobre “Crônicas do Brasil contemporâneo”

Carlos Zarur•   As Crônicas de Sarney Acabo de ler as Crônicas do Brasil contemporâneo do jornalista, escritor, intelectual, cronista e, também, político, José Sarney. Um atento olhar sobre a realidade nos artigos que foram publicados na Folha de São Paulo entre os anos de 1988 e 2002. O estilo, quase sempre sereno como o autor, pode, repentinamente, cortar como navalha aprofundando a discussão de delicados problemas. Logo no início, é Continue a ler