Claude Lévi-Strauss: sobre “Saraminda”

Claude Lévi-Strauss•   Poderoso lirismo Li Saraminda, e quanto amei esse belo livro. Depois dos pescadores do Nordeste, José Sarney faz reviver os faiscadores de ouro de caiena e do Amapá com a mesma sensibilidade aguda à realidade etnográfica permeada por um poderoso lirismo. Sarney reconstitui ao mesmo tempo um episódio esquecido, mas saborosamente pitoresco das relações da França com o Brasil.

Alexandre Fillon: sobre “Saraminda”

Alexandre Fillon•   E não restará mais do que pó Presidente do Brasil de 1985 a 1990, José Sarney possui uma segunda corda no seu arco, a de romancista. Ex-presidente da República Federativa do Brasil de 1985 a 1990, José Sarney é atualmente senador eleito até 2007 em seu país, onde também integra a Academia Brasileira de Letras. Nascido em 1930, esse senhor escreveu uma vintena de obras, da poesia ao Continue a ler

Maurice Pianzola: sobre “O Dono do Mar”

Maurice Pianzola •   O sórdido e o maravilhoso Fiquei tocado pela faculdade de José Sarney de descrever a vida popular, de fazer caminhar lado a lado o sórdido e o maravilhoso. Isso se traduz naturalmente em sua linguagem, ainda mais aqui que em O Dono do Mar, quando Sarney atravessa a fronteira do Brasil para penetrar na Guiana Francesa, particularmente desconhecida da literatura francesa, de  onde conhecemos apenas algumas reportagens sobre Continue a ler

Alfredo Fressia

Alfredo Fressia escreve sobre "O Dono do Mar" •   Diálogo universal da condição humana Começar uma novela com um sonoro insulto “Capitão?, Capitão é a puta que o pariu” pode não ser tão original na literatura latino-americana, desde o chamado boom. Mas que o insulto venha seguido pela contida emoção do relato de um padre que lava e prepara o corpo do filho assassinado, com Continue a ler

Alfredo Fressia

Alfredo Fressia•   Sarney, a selva alucinada Devo confessar: não sei ler a obra narrativa de um político profissional com a inocência, com a devida “suspensão voluntária do descrédito”, que Coleridge pedia ao leitor. Ao contrário, trata-se sempre de uma leitura instalada em uma zona rarefeita de poderes: ao poder que exerce todo narrador, esse pequeno deus que cria mundos com a palavra, agregam-se outros, espúrios, literariamente pouco solidários, Continue a ler