As desgraças são desgraçadas, não as desejemos nem deixemos de tentar evitar que se repitam. Na Covid-19, por exemplo, houve grande avanço na tecnologia das vacinas. É claro que o custo das vidas que se perderam ou das sequelas que ficaram foi altíssimo em valores humanos. Quando as condições de trabalho dos cientistas no Brasil tinham levado ao exílio um grande número deles, insisti no esforço para promover o retorno dos cérebros ao País. E, quando fui Presidente da República, aumentei várias vezes o investimento em ciência, tecnologia, inovação, dei Continue a ler
Sempre tive a cultura como minha causa parlamentar. As leis de incentivo à cultura, estímulo à pesquisa científica, proteção do patrimônio histórico foram iniciativas minhas, que têm quase cinquenta anos. E, Presidente da República, criei o Ministério da Cultura. A cultura vale por si mesma, mas lembro que não há potência econômica que não seja antes potência cultural. Uma vez escrevi uma frase que pressupunha um absurdo: “Se, por uma desgraça, essa história de mercado um dia tornar o livro dispensável, ainda restará o livro de poesia, pois a poesia Continue a ler
Senado Federal, Brasília, DF, 2 de março de 2006 Ocupo a tribuna nesta tarde para recordar que no dia 28 de fevereiro de 1986, portanto há 20 anos, foi editado o Plano Cruzado, que considero uma das mais importantes e corajosas medidas tomadas no Brasil para proteger os pobres e o povo brasileiro. Quando assumi a Presidência, a nossa economia estava numa situação extremamente difícil. Recebemos um deficit de 60% do nosso orçamento. Hoje, fala-se num deficit de 4% e até de superavit. Pode-se, então, avaliar o que era. A Continue a ler
Celebramos no dia 1º de julho os 25 anos do Real, a moeda criada pelo bem-sucedido plano para baixar a inflação brasileira a níveis que permitem aos agentes econômicos a previsibilidade orçamentária, pilar da economia de mercado. Quando, em 1985, assumi a presidência da República, herdei uma forte inflação, provocada, em grande parte, pela combinação de preços do petróleo, descontrole da dívida externa e conjuntura das taxas internacionais Libore prime rate— que se mantiveram muito altas no meu governo, chegando a 9,3 e 10,9 (naqueles anos, descontada a inflação, as taxas chegaram Continue a ler
O Maranhão teve vários sonhos de salvação. Na Colônia e no Império foram os do algodão e do açúcar. Vivemos com um e outro momentos de euforia. Uns mais e outros menos. O que mais nos realizou foi o do algodão, assim mesmo porque, quando os Estados Unidos se separaram da Inglaterra, esta perdeu o seu grande fornecedor de algodão — era o início da revolução industrial e a indústria têxtil era o carro-chefe da economia inglesa. A esse tempo devemos a bela cidade de São Luís, construída pela riqueza Continue a ler