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memória

Um Brasil menor

Éramos jovens. Nos conhecemos no Rio de Janeiro, na Rua Otaviano Hudson, onde José Aparecido mantinha uma pensão estudantil, udenista, com ramificações pela esquerda. Pertence era mais ligado a seu irmão Modesto, da UNE, onde tinha posições de liderança. Eu começava minha carreira como deputado federal, ligado a Magalhães Pinto, de quem Aparecido era secretário particular. Era um tempo em que eu chamava Pertence de “Zé Paulo”, e ele a mim de “Zé”; quando nos encontrávamos e não tinha abelhudo por perto, eu repetia os tratamentos da mocidade: “Ministro Zé Continue a ler

O susto nuclear

Eu tinha 15 anos quando ocorreram os dois “elementos de dissuasão” que rasgaram a História da Humanidade: as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Seu lançamento quase simultâneo — uma foi lançada a 6 e a outra a 9 de agosto de 1945 — mostra que havia mais que o pretexto do General George Marshall: “facilmente acessível e que pode com certeza diminuir o número de vítimas americanas”. Segundo estes cálculos “misericordiosos”, uma invasão do Japão implicaria na morte de 400 a 800 mil americanos e cinco a dez milhões de Continue a ler