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São Luís

Ainda uma vez São Luís

Perdi a conta do número de vezes em que falei da cidade que formou a minha vida: esta velha e jovem São Luís, que fez aniversário na sexta-feira passada.   Minha paixão por São Luís começou quando aqui desembarquei vindo de São Bento no barco de mestre Braulino, o “Filha de São Bento”. Eu tinha doze anos. De longe, ao anoitecer, vi as luzes da cidade. Era clara e bela. Desembarquei na impressão da multiplicidade das coisas: carroças, malas, sacos, cofos, gentes. E do bonde elétrico. Nunca tinha visto um sobrado, Continue a ler

Ainda uma vez São Luís

Perdi a conta do número de vezes em que falei da cidade que formou a minha vida: esta velha e jovem São Luís, que fez aniversário na sexta-feira passada.   Minha paixão por São Luís começou quando aqui desembarquei vindo de São Bento no barco de mestre Braulino, o “Filha de São Bento”. Eu tinha doze anos. De longe, ao anoitecer, vi as luzes da cidade. Era clara e bela. Desembarquei na impressão da multiplicidade das coisas: carroças, malas, sacos, cofos, gentes. E do bonde elétrico. Nunca tinha visto um sobrado, Continue a ler

Ainda uma vez São Luís

Perdi a conta do número de vezes em que falei da cidade que formou a minha vida: esta velha e jovem São Luís, que fez aniversário na sexta-feira passada.   Minha paixão por São Luís começou quando aqui desembarquei vindo de São Bento no barco de mestre Braulino, o “Filha de São Bento”. Eu tinha doze anos. De longe, ao anoitecer, vi as luzes da cidade. Era clara e bela. Desembarquei na impressão da multiplicidade das coisas: carroças, malas, sacos, cofos, gentes. E do bonde elétrico. Nunca tinha visto um sobrado, Continue a ler

A estrada Santa Luzia-Açailândia

Como um humanista, cuja vocação não era a política — e que nela entrou seguindo a máxima de Napoleão de que a política é um destino, e não uma vocação —, exerci o destino com a visão de construir, sem caráter partidário, nem de facção, nem de divisão, nem de considerar os que não pensavam comigo como inimigos. Todas as ações Sarney e o Maranhão e no Maranhão foram pensando no conjunto do Estado e no objetivo maior da Política com P maiúsculo, como dizia Nabuco, pensando coletivamente e procurando Continue a ler

Boa Esperança

Ninguém pode avaliar a guerra necessária para o administrador fazer uma grande obra, com a complexidade e as dificuldades de coordenação, desde o projeto até à construção e à finalização da obra. Quando assumi o governo do Maranhão, em 1966, o Maranhão estava às escuras. Não havia energia nem em São Luís nem em nenhum lugar do Estado inteiro. Um capitão do Exército, chamado César Cals, sonhava com a construção de uma Hidroelétrica no Rio Parnaíba, em Boa Esperança, onde o rio era mais estreito. Veio 1964 e o sonho Continue a ler

Posse na Academia de Ciências de Lisboa

Academia das Ciências de Lisboa, Lisboa, Portugal, 5 de maio de 1986 Confesso a minha vaidade em pertencer à Academia das Ciências de Lisboa, irmã mais velha de minha Academia Brasileira de Letras.  Agradeço sensibilizado as palavras de saudação com que me distinguiu Vossa Excelência, Senhor Professor Jacinto Nunes, nosso presidente, cujo renome internacional como economista e cujas qualidades de homem devotado a esta Academia e aos ideais emprestam um brilho especial a esta cerimônia para mim inesquecível. Minha gratidão pelas palavras carregadas de magnânima benevolência do acadêmico José Hermano Saraiva, Continue a ler

De volta ao Maranhão Novo

No meu último artigo sobre o meu governo do Maranhão, 1966-1970, terminei contando como constituímos um grupo de trabalho para planejar o que íamos fazer. Era o GTAP.  Faltava água, as ruas estavam destruídas e a energia eram quatro geradores a lenha da Ullen. Atacamos essas emergências. Asfaltei todas as ruas de São Luís, criei a Caema e fiz um novo sistema de abastecimento de água. Construímos a barragem do Batatã; no Sacavem, a adutora e a ampliação da Estação de Tratamento de Água; reformamos todos os sistema de distribuição Continue a ler

Por que São Luís?

A grande tarefa de 1966 era tirar o Maranhão do século 19 e trazê-lo para o século 20. Era um estado totalmente desintegrado e sem cabeça, isto é, sem capital. O sul do Maranhão estava ligado a Goiás e a economia do lado do Tocantins ao Pará. Toda a vida na densa floresta amazônica que acompanhava a rodovia Belém-Brasília e em torno das nascentes do Mearim, do Pindaré e do Grajaú se voltava para o Pará e Goiás, sem nenhuma ligação com o Maranhão. A margem esquerda do Rio Parnaíba, Continue a ler

São Luís em Dezembro

O sinos do Natal já podem ser ouvidos nos seus sons distantes. Quando eu era menino e começava, em São Bento, a descobrir o mundo com suas belezas, a primeira coisa que me encantava era o campo verde, lindo tapete de capins: andrequicé, arroz brabo, canarana, capim de marreca. Depois eram os passarinhos que via pousados no fio de telégrafo que atravessava o campo e perdia-se no infinito. As garças elegantes e brancas olhavam desconfiadas para os lados, sempre atentas a qualquer peixinho que passava nas águas rasas e não Continue a ler

Tempo de maré grande

O fenômeno é geológico e, portanto, acontece antes do tempo da humanidade: a maré sobe e desce mais em função da sizígia, isto é, do alinhamento dos astros, no caso Terra, Sol e Lua e sobretudo dos equinócios, que são os momentos em que o Sol cruza o Equador. Para proteger os terrenos destas marés grandes, foi preciso que Roseana fizesse o Espigão da Ponta d’Areia. Uma alternativa seria proteger a cidade com diques, à maneira dos holandeses, que vivem muitas vezes abaixo do nível do mar (em 17% do Continue a ler

Minha São Luís dos franceses

São Luís tem nome de Rei, Rei Santo e povo sem pecados. Pensava-se que os franceses só tinham passado aqui três anos: da chegada (1612) de La Ravardière e seus frades do convento de Saint Honoré até 1614. Mas a memória dos arquivos franceses mostrou que eles ficaram aqui, não 3, mas 8 anos!… Quando chegou a Guaxenduba, Jerônimo de Albuquerque, que com Diogo de Campos Moreno derrotou os franceses, avisou a seu Capitão: — “Amanhã terei índios do Maranhão comigo”. E apostou dois pares de meia de seda… Teve, Continue a ler

Alegrias e Tristezas

Fui matar saudades na Praia Grande, rever o Centro Histórico, cumprir alguns deveres e realizar desejos. O maior deles: visitar a Casa Josué Montello, que preserva o acervo de meu grande amigo, orgulho de nossa terra. Basta lembrar o maior romance sobre a escravidão no Brasil: “Os Tambores de São Luís”, em que ele, por amor, incluiu no título limitativo o nome da cidade em que nasceu. A França bem entendeu isso e, na versão francesa, usou apenas “Les tambours noirs”. Fiquei feliz. Estive várias vezes com Josué Montello na Continue a ler

Junho, festas e fogos

São Luís é uma terra que bem merece ser chamada de Ilha do Amor. Melhor seria se fosse do Amor Demais. Falo do amor a sua história e a sua gente, a seu espírito, a sua beleza. Para parodiar Hemingway, que dizia que “Paris é uma Festa”, eu diria que São Luís é um amor. É para mim uma terra de lembranças que estão associadas a minha mocidade/juventude, já que são uma mesma coisa. Mocidade, o tempo da vida, juventude, a vida do tempo em que descobrimos a alma, o Continue a ler

São Luís, os velhos ainda sonham

Nossa cidade de São Luís está cada vez mais decadente. Sem empregos e sem perspectivas de futuro. Já falei aqui que é preciso pensar na cidade. Hoje, o turismo é uma das indústrias mais dinâmicas no mundo. Portugal hoje, como o resto da Europa, tem o turismo como uma de suas principais fontes de renda. O Nordeste brasileiro já está usufruindo de seus benefícios. Fortaleza, por exemplo, é um destino muito procurado pelos europeus. Voos turísticos internacionais chegam hoje a muitos destinos do Brasil. Precisamos planejar e montar a logística Continue a ler
Mensagens de Aniversário