Ferreira Gullar: sobre “O Dono do Mar”

Ferreira Gullar•   Abismos do mar e da alma humana Acabo de ler O Dono do Mar de enfiada, interrompendo quando obrigado, mas voltando a ele sempre com interesse. No começo, tive a impressão de que parecia com o rio do romance poético de Jorge Amado, porém essa impressão se desfez ao prosseguir na leitura. É uma coisa de Sarney, do Maranhão, de São Luís. Sem dúvida se trata de Continue a ler

Carlos Nejar: sobre “O Dono do Mar”

Carlos Nejar•   São as palavras que velejam O tirocínio de político e estadista do ex-Presidente e Senador José Sarney tem longa e rica trajetória na vida brasileira e, como todos, sofre a justa depuração do tempo. Mas escrevo sobre o ficcionista José Sarney. Recentemente, em Buenos Aires, quando o jornal La Prensa, um dos periódicos importantes da Argentina, fez uma reportagem a respeito de seu novo livro, O Continue a ler

Josué Montello: sobre “O Dono do Mar”

Josué Montello•   No tom das obras definitivas O presidente José Sarney, não obstante os muitos caminhos de sua vida pública — que o trouxeram da província natal para a Presidência da República, e daí para a Presidência do Congresso — continua fiel à sua vocação de escritor. Foi essa vocação que o levou à Academia Brasileira, para suceder a José Américo de Almeida, também político e Continue a ler

Éris Antônio Oliveira: sobre “O Dono do Mar”

Éris Antônio Oliveira•   Sortilégios da noite em O Dono do Mar A elaboração ficcional de O Dono do Mar oferece uma percepção diferenciada da realidade, permitindo que os procedimentos inventivos da imaginação integrem-se plenamente à essência transfiguradora de sua ousada composição. Seu projeto formativo coloca em evidência a postulação aristotélica, segundo a qual “o papel do ficcionista consiste em dizer Continue a ler

Claude Couffon: sobre “Saraminda”

Claude Couffon•   Jogo da memória e da sedução Hei-nos transportados ao coração de uma Guiana decadente que “vegeta na miséria da canela e paus-de-tinta”, há mais de um século, depois em algum lugar entre o Oiapoque e o estuário do Amazonas, sobre um território contestado entre a França e o Brasil, um episódio hoje um tanto esquecido. Mas a História não aparece senão em filigranas numa narração consagrada à loucura dos garimpeiros. É a Continue a ler